- Planeja – escreva um plano da redação, em três partes: Introdução, Meio, Conclusão. Não se limite a 30 linhas. Em uma hora pode escrever duas ou três páginas, quando bem preparado.
- Na Introdução – deixe claro qual o problema ou tema a ser examinado e como você pretende argumentar. A explicação deve estar escrita em forma resumida, curta e deve ir diretamente ao ponto. Use um estilo direto, não escreva frases vazias e não generalize (por exemplo, "Desde o começo da humanidade... , ou "Em todas as sociedades....". Não use palavras desnecessárias.
- No Meio – diga ao leitor o que pretende dizer, indo de ponto em ponto.
- Na Conclusão, junte os distintos pontos, apontando as implicações do que você disse. Não deveria haver dúvida sobe o seu argumento.
- Do começo ao fim, deve levar o leitor ponto por ponto, até a conclusão, sempre defendendo o seu argumento, utilizando a razão, conduzindo o leitor a partir de uma clara lógica, explicando, e sempre ilustrando cada ponto com etnografia.
- Escreva para convencer. Defenda apenas um ponto principal na redação. Decida o que será antes de começar.
- Você é o/a autor/a! Coloque-se em comando. Tome atitude. "Eu mostro que..." ; "Eu argumento que..." "A minha analise evidencia que (nome de autor) está equivocado(a) quando afirma que...". Esse uso de uma posição de autoria forte implica na necessidade de tomar cuidado – é necessário saber o assunto e pensar bem sobre o seu argumento, os pontos que pretende expor, a etnografia que pretende usar para ilustrar os pontos - antes de começar a escrever.
- Por isso, não utilize a voz passiva e não se esconda atrás de outros autores.
- Não inclua informação desnecessária e irrelevante.
- Seja claro sobre a ordem da exposição dos pontos. Um precede o outro – porque? Como é que um ponto leva ao outro?
- Seja claro sobre quais pontos derivam de quais autores – é importante citá-los – e quais pontos são seus. Nunca deixe parecer que você é autor de uma idéia ou ponto – a maioria das idéias derivam das fontes – dos trabalhos de autores conhecidos. Mas isso não quer dizer que você não pode tecer um argumento próprio!
- Aprenda a ler de uma forma compreensiva e crítica. Fazer anotações detalhadas dos pontos principais e dos dados etnográficos que os sustentam é necessário como um primeiro passo. Uma redação argumentativa na antropologia não deve ser pensada como um resumo de uma só leitura. É importante usar diferentes fontes e ler distintos autores. Assim, pode comparar perspectivas distintas sobre um mesmo tema ou problema.
Na redação, pode e deve citar esses autores. Para citar, refira ao sobrenome do/da autor/a, data do texto - Por exemplo (Marx 1866) - As citações de trechos de texto devem ser curtas e relevantes, incluídas não como substitutos para texto próprio mas como ilustrações para um ponto, e/ou como desenvolvimento e aprofundamento de um ponto. Para citar, refira ao sobrenome do/da autor/a, data do texto, e no.de página - Por exemplo (Marx 1868:99)
- Inclua as referências bibliográficas no final da redação. (Sobrenome, nome, titulo, editora, data)
quarta-feira, 10 de junho de 2009
COMO ESCREVER UMA REDAÇÃO ARGUMENTATIVA
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